Se você leu o título e pensou em uma rede de postos de gasolina é um sinal que inda não conhece os “superpoderes” do shell script e como ele pode ser útil.
Todo o sistema operacional (Linux, Windows, Mac OS, …) possui um shell em sua estrutura, ele é o responsável por interpretar todos os nossos comandos, sejam eles feitos por cliques na tela, apertando teclas do teclado ou mesmo digitando algo e apertando ENTER.
Quando clicamos no comando “nova pasta” e logo em seguida surge uma “pastinha” nova ali, só esperando que coloquemos um nome nela, é o nosso amigo Shell que precisou interpretar o que você clicou e procurou qual seria a ação correspondente, nesse caso, criar a pasta.
Para que isso aconteça, assim como tudo na computação, é necessário que exista uma linguagem de comandos ou linguagem de programação. Todos os programas do mundo precisam de uma linguagem para serem feitos e para poderem funcionar corretamente. O mesmo acontece com o Sistema operacional, ele tem um código para cada ação e quem consegue “ler” tudo o que você faz(Clicar, digitar) para fazer o sistema funcionar é o SHELL.
Agora que você sabe o que é shell precisamos entender o que é um script:
Script é um conjunto de códigos escritos (digitados mesmo) para serem executados em sequência assim que o script é acionado.
Simples, se você conhece alguns códigos do sistema, é possível escrever um “script” que depois execute todos os comandos sem que você tenha que fazer um por um.
É possível, através dos scripts, desligar o computador, criar pastas, salvar, copiar, mover e apagar arquivos e diretórios, gravar cds, fazer downloads e muito mais. Tudo de maneira automática e apenas rodando o script uma única vez. É possível até mesmo escrever programas usando a mesma linguagem. (Tem gente que usa scripts também para “trollar” os amigos)
No Windows podemos conhecer alguns comandos facilmente através do Prompt de comando. Para abrí-lo, basta acessar o menu iniciar e digitar “prompt” ou seguir o caminho: Iniciar>Todos os Programas>Acessórios>Prompt de Comando. Ao abrir a “telinha preta” digite help e tecle Enter que você verá uma enorme lista de comandos com suas respectivas funções.
A maioria dos comandos que apareceu na sua tela pode ser feito diretamente no prompt de comando, apenas digitando e teclando enter, porém só poderá ser usado um de cada vez. Para fazermos tudo ficar automático é necessário escrever todos os códigos e salvar em um script. Para isso utilizamos um editor de texto chamado BLOCO DE NOTAS e digitamos cada código em uma linha, ao terminar é só salvar com a extensão .bat(Batch) ou .cmd. Depois quando quiser que os comandos escritos sejam executados basta dar dois cliques no arquivo que tudo acontece automaticamente e na sequência em que foi escrito.
No Linux é comum termos contato desde o início com o terminal que é o equivalente do prompt de comando do Windows, porém a maioria dos usuários considera o shell do Linux mais poderoso e com mais possibilidades para executar as mais variadas tarefas(inclusive criar programas). Esse contato com o terminal nos ajuda a ter familiaridade com os comandos e entender como funciona o shell.
Como cada distribuição Linux tem suas particularidades, o acesso ao terminal varia de distribuição para distribuição, porém funciona de forma idêntica. Em alguns casos é possível acessá-lo através do atalho Ctrl + Alt + T .
Para gravarmos um script no Linux é necessário usar um editor de texto, mas nesse caso temos muitas opções, como gedit, kedit, vim, entre muitos outros e ao final de nosso maravilhoso trabalho salvar o arquivo com a extensão .sh.
Para executar um script no Linux, o procedimento também muda em relação ao Windows, temos que abrir o terminal e nos dirigirmos até a pasta onde se encontra o script e digitarmos ./nomedoscript e teclarmos enter.
Em breve estaremos fazendo uma sequência de postagens ensinando os comandos usados no Linux e no Windows e ensinando a fazer scripts práticos para o dia-a-dia.
Qualquer dúvida, pergunte, questione, busque o conhecimento. Até a próxima.
Esse foi mais um post do Blog do Curso de Hardware Microcamp.
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