O Linux e suas distribuições causam muitas controvérsias e dúvidas para os usuários e para quem nunca ouviu falar do sistema. Com esse post eu pretendo tentar ajudar a mostrar melhor o que de fato é o Linux!
O “sistema do pinguim” na verdade não é um sistema operacional em si e sim um Kernel (Núcleo) de um sistema operacional.
Todo sistema operacional, que é responsável por nos fazer interagir com o hardware, é composto pelas partes:
Usuário – É a pessoa que interage com o dispositivo.
Interface Gráfica – A parte colorida da tela, onde clicamos com o mouse ou usamos os dedos diretamente na tela (no caso do touchscreen).
SHELL – É o interpretador de comandos do sistema operacional. Ele é responsável por entender o que você clica, digita, aciona e depois passa isso para o Kernel.
Kernel – Responsável pelo controle do hardware. O núcleo interpreta o que vem do shell e transforma em algo real que aconteça no hardware. Exemplo: você copia um arquivo de uma pasta para outra… o shell vai entender que você usou o comando de cópia e envia o pedido para o Kernel , que toma o controle do HD e faz os arquivos serem gravados no lugar certo.
Agora que você pode verificar o funcionamento de um sistema operacional, é possível entender como funciona o Linux. Caso você lembre do que leu no começo, Linux é um Kernel de sistema operacional e analise isso pelo que foi recém apresentado, temos disponível para mudança o Usuário (esse sempre muda mesmo, cada pessoa no seu aparelho ) , o Shell (existe mais de um), a Interface Gráfica e o Hardware (que também muda naturalmente, pois cada um tem um aparelho/máquina) . E podemos escolher cada aplicativo, software e configuração, que pode estar com o sistema como Default (Padrão). Tudo isso faz com que seja gerada uma quantidade enorme de combinações, sem mudar o Kernel.
A interface gráfica no mundo Linux é um caso bem diferente do Windows. No Windows não é possível escolher uma interface diferente da que a empresa Microsoft oferece. Nas distribuições Linux é diferente pois existem alguns grupos especializados em interfaces gráficas e sempre empenhados em atualizá-las, deixando uma gama de opções para outras equipes que estão pensando em montar o seu Linux e distribuir.
Se você voltar no gráfico do sistema operacional, vai notar que existem setas passando direto do usuário para o shell e vice versa… isso aconteceu pelo fato de que nós podemos trabalhar com um sistema operacional sem necessidade de uma interface gráfica. Os primeiros sistemas, inclusive o saudoso MS-DOS, era exatamente nesse esquema… ligando o usuário diretamente ao shell e exigia conhecimentos sobre todos os comandos interpretados.
As interfaces a seguir são as mais usadas nos sistemas Linux atuais:
KDE , Gnome, Xfce, Unity, Lxde, entre outras.
Cada uma das interfaces citadas possuem características particulares, menus diferenciados, design, cores, opções e muito mais.
A junção de uma interface gráfica com aplicativos selecionados, um shell (existe mais de um no Linux) e o Kernel (que pode ser comum para todos) gera uma NOVA DISTRIBUIÇÃO, ou seja, UM NOVO LINUX, novo sistema operacional com o mesmo núcleo. Por causa dessa possibilidade existem hoje muitas distribuições Linux disponíveis.
Vou citar algumas distribuições: Ubuntu, Linux Mint, Debian, Red Hat, Fedora, Suse Linux, Mandriva, Slackware… Todas possuem uma equipe responsável por desenvolver e organizar a distribuição oficial.
Alguns grupos distribuem simultaneamente uma distribuição com uma Interface (Kde por exemplo) e uma com opção diferente de interface (como o Gnome ou Lxde). O Linux Suse é um exemplo disso, pois tem o Suse Linux com Gnome e o Suse Linux com Kde.
Qualquer pessoa com conhecimentos pode contribuir para melhorias em qualquer Linux, pois é um programa LIVRE… mas cada distribuição pode decidir o que vai e o que não vai no Linux Oficial. Caso algum programador desejar ter sua própria distribuição, ele tem total liberdade.
Existem distribuições Linux para todos os gostos e tipos, desde os usuários mais simples até os mais hardcores.
Para saber qual o melhor Linux para você ou aprender mais sobre o assunto, não deixe de acompanhar os meus próximos posts aqui no blog.
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Esse foi mais um post do Blog do Curso de Hardware Microcamp.
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